quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

As mais belas Bibliotecas do Mundo: BIBLIOTECA DO CONVENTO DE MAFRA


BIBLIOTECA DO CONVENTO DE MAFRA


A biblioteca do Palácio e Convento de Mafra é grandiosa, tem cerca de 80 metros de comprimento por 95 metros de largura, o chão revestido a mármore e estantes em estilo rococó. Inicialmente, a biblioteca era para ser forrada a talha dourada, mas acabou por ser apenas revestida a mármore branco o que favorece a luminosidade interior. Possui cerca de 40.000 livros com encadernações em couro e gravadas a ouro e muitas obras artísticas encomendadas, por D. João V, em França e em Itália. Um dos tesouros desta colecção é a segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.
Estes livros foram encadernados com esmero e extrema dedicação pelos monges que viveram neste convento desde o século XVIII, catalogando-os de uma forma tão rigorosa que ainda hoje, a bibliotecária do Palácio de Mafra utiliza um grande livro onde constam os registos de entradas de volumes na biblioteca. Com efeito, a biblioteca deixou de adquirir novos volumes na década de 1830. Este é, sem dúvida, um dos locais mais emblemáticos de todo o complexo que constitui o Palácio de Mafra. Para conservarem os livros em perfeitas condições, os monges criaram uma colónia de morcegos que voavam livremente pela biblioteca à noite alimentando-se dos insectos que estivessem no interior da sala. Para reduzir os níveis de humidade, só algumas janelas permitem o acesso ao exterior; outras parecem ser janelas, mas são espelhos que concentram o calor dos raios solares. Apesar de não serem visíveis durante o dia, ainda é possível observar à noite alguns exemplares destes guardas-nocturnos especiais. Os morcegos não sujam os livros, porque saem para o exterior através de pequenas aberturas junto às janelas. Este é sem dúvida um exemplo invulgar de simbiose entre o Homem e o animal. Para além deste método, os bibliotecários de Mafra implementaram sistemas duma eficácia notável para a época. No conjunto de janelas existentes apenas algumas permitem o acesso ao exterior. No lado oposto da sala, o que parecem ser janelas são na realidade espelhos, destinados a concentrar o calor dos raios solares ajudando assim a reduzir os níveis de humidade. Para além disso, as estantes que alojam os livros possuem espaços vazios na parte de trás de forma a permitir a circulação do ar, impedindo-se assim a concentração de humidade e o consequente ataque de fungos. Actualmente e através de modernos processos de medição dos valores de humidade é possível constatar que foi implementado neste local um sistema que mantém as condições ideais de conservação de documentos e/ou livros.




















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